A Europa é o segundo menor continente do planeta, além disso, o seu território é bastante fragmentado, ou seja, é dividido em 48 países. Somando a população de todos esses, o total é de aproximadamente 750 milhões de habitantes incluindo-se a Russia; levando em conta o território limitado do continente pode-se afirmar que o mesmo é bastante povoado, apresenta uma densidade demográfica de 72 hab./Km2. As regiões com mais de 100 hab./km2 estendem-se em duas faixas: a primeira inclui a Grã-Bretanha, o Norte da França, a Bélgica, a Holanda e o Oeste da Alemanha, prolongando-se até o Norte da Itália; a segunda abrange a República Tcheca, a Eslováquia e o Sul da Polônia. Essas grandes concentrações populacionais correspondem às áreas industriais mais importantes.

  A população europeia tem sua origem ligada etnicamente a diferentes povos, especialmente: anglo-saxões, escandinavos, eslavos, germânicos e latinos. Embora existam países cuja população tem sua origem a partir da miscigenação entre os grupos humanos citados. 


  

Atualmente, a população cresce lentamente, pois os índices de natalidade registrados nos países europeus são bastante baixos (inferiores a 20 por mil).

Países mais populosos: Rússia, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Ucrânia. Países mais povoados: Holanda, Bélgica e Reino Unido.Maiores cidades: Londres, Paris e Moscou.



Variedade línguistica 

Cerca de 60 línguas são faladas atualmente na Europa. A população européia pode ser dividida em 3 grupos, são eles:

- GERMÂNICOS: ocupam principalmente a parte central e norte da Europa. Entre eles estão os alemães, austríacos, holandeses, suecos, noruegueses, britânicos.

- ESLAVOS: habitam predominantemente a Europa oriental (leste). São os russo, poloneses, ucranianos, eslovacos, sérvios.

- LATINOS: habitam predominantemente a Europa mediterrânea. São os portugueses espanhóis, italianos, franceses, e romenos, que não são sulistas, mas são latinos.


- GRECO-ILÍRIOS: gregos, albaneses e romenos.

- FINO-ÚGRICOS: finlandeses, húngaros, lapões etc.

- CELTIBEROS: irlandeses, galeses (País de Gales), bascos etc.

- TURCO-BÚLGAROS: turcos e búlgaros.

- LETO-LITUANOS: letonianos e lituanos.

- JUDEUS: encontram-se espalhados por todos os países da Europa.



 A Europa não é maior do que o Brasil e o Brasil tem grosso modo uma só língua e até que a variedade interna dessa língua nem é assim tão grande. Em contra partida a Europa tem dezenas de línguas algumas completamente diferentes das outras. Olhe, só encontro uma explicação histórica, é que a Europa passou pelo feudalismo. Após a queda do Império Romano, o espaço social e político fragmentou-se e isso durou mil anos. Nesses mil anos foram surgindo as diversas línguas europeias.



Características demográficas

A densidade da Europa é igual no brasil, muitos lugares, muito povoado e muitos lugares com poucas pessoas, mas há um grande incentivo para que as pessoas mantenham no interior e produzam o que quer que seja leite, carne, ou vegetais para que não precise de importar, ou depender de outros países o que necessita de consumo interno. Sendo assim é muito mais bem distribuído no interior do que no Brasil.


Um Continente de migrações 
 
Desembarque de imigrantes no porto de santos(SP, em 1907)

Embora os deslocamentos de população sempre tenham existido, podemos situar a segunda metade do século XIX como o primeiro momento de migrações maciças, com características intercontinentais. Complementando um processo iniciado ainda no século XVI, com a expansão marítimo-comercial e a ocupação de novos territórios (a América e a Oceania, por exemplo), a partir de 1850 ocorre um grande deslocamento de europeus em direção a essas áreas. Entre 1846 e 1890, foram cerca de 377 mil indivíduos por ano; entre 1891 e 1920, cerca de 910 mil, chegando aos 366 mil por ano no período entre 1921 e 1929. Calcula-se que o êxodo europeu tenha chegado a 50 milhões de pessoas.



Fluxos migratórios

Este grande fluxo migratório muito se deveu à abertura das fronteiras da União Europeia por parte da Alemanha, em 1999. No entanto, devido à escassez de empregos indiferenciados nesse país fez com que estes migrassem para sul, para a Península Ibérica, onde existiam grandes necessidades de mão-de-obra para a construção civil e agricultura nos dois países ibéricos.
A maioria desses imigrantes estavam divididos em dois grupos, os eslavos: ucranianos, russos e búlgaros, e os latinos de leste: romenos e moldavos.
Um dos maiores grupos e que se fixou nas regiões de Lisboa, Setúbal, Faro e Porto são os ucranianos, e ninguém sabe ao certo o seu número total. No entanto, o número de imigrantes legais, é de cerca de 70 000, sendo sabido que este número é muitas vezes inferior à realidade. O grupo é de tal forma numeroso que fez com que a Ucrânia de país distante e desconhecido passasse a familiar e que a maioria dos imigrantes de leste seja vista pelos portugueses como "ucranianos".
A imigração de leste tornou-se de difícil controlo, e começaram a actuar no país máfias que traziam e controlavam imigrantes.
Em 2003, a imigração em massa proveniente do leste europeu estacou e passou a ser de fluxo mais ténue, surgindo assim a imigração mais significativa de brasileiros e asiáticos de várias origens.



A imigração ilegal 


Os africanos são motivados a imigrar para a Europa por vários fatores como: guerra civil no país de origem, busca de melhores condições de vida, entre outros. Sim, há barreiras para a entrada de africanos e xenofobia por parte da população local. A Espanha, devido ao estreito de Gibraltar que é o ponto mais próximo entre os continentes europeu e africano é um dos países europeus que recebem mais imigrantes ilegais.


Durante o século XIX e início do século XX, a situação econômica e política em países da Europa como a Itália, a Alemanha, a Espanha e a Irlanda, e de diversos povos e o domínio dos impérios austro-húngaro, russo e otomano produziu grandes levas de imigrantes. Por outro lado, nações do Novo Mundo com rápida expansão econômica na indústria ou agricultura (Estados Unidos da América, Brasil, Argentina, Uruguai, Chile) necessitavam aumentar sua mão-de-obra para continuar sua expansão. O resultado foi uma grande imigração europeia para as Américas, principalmente de:

  • Italianos, que se estabeleceram principalmente nos Estados Unidos, Brasil, Chile, Argentina e Uruguai;
  • Espanhóis, que se radicaram na Argentina, Chile, Brasil e Cuba;
  • Portugueses, que se fixaram nos Estados Unidos, Brasil, Canadá e, Venezuela;
  • Alemães, que se dirigiram para os Estados Unidos, Brasil, Argentina e Chile;
  • Croatas, se dirigiram para Chile, Argentina e Brasil.
  • Eslavos, Poloneses, Russos e Ucranianos, que se radicaram nos Estados Unidos, Canadá, Brasil,Argentina e Chile


Xenofobia e racismo

Ao mesmo tempo, a entrada de imigrantes vindos da África e da Ásia acentuou-se com a globalização e os impactos negativos que este processo tem produzido em todo o mundo pobre. Para muitos europeus a xenofobia está associada ao raciocínio simplista que relaciona o desemprego acentuado na Europa das últimas décadas à presença do estrangeiro. Alega-se, em alguns países da Europa, que muitos empregos foram tomados por grupos de origem imigrante em detrimento de verdadeiros europeus.  

   A onda de violência detonada pelos jovens suburbanos na França  em outubro de 2005 pode ser atribuída ao colapso do Estado de Bem Estar Social que abandonou na última década a população mais pobre. Mas é também fruto da intolerância e do racismo. Estes jovens são filhos ou netos de imigrantes, nascidos na França e, portanto, de nacionalidade francesa. 

Esta não é só uma realidade da França, mas de diversos países da União Européia, que temem que os distúrbios possam se espalhar por outros países do continente. O fato de terem nascidos na França, Alemanha, Inglaterra, Itália não os tornaram verdadeiros franceses, ingleses, alemães ou italianos. Na Alemanha é comum um ditado: "caso um pato nasça no galinheiro, isto não o torna galinha, ele permanecerá sendo pato". Na prática é assim que parte expressiva da sociedade destes países vê seus vizinhos suburbanos de ascendência argelina, marroquina, turca, senegalesa, paquistanesa, hindu, etc. 


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